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domingo, 16 de setembro de 2012

Frida Kahlo - Dores e Cores




Magdalena Carmen Frieda Kahlo y Calderón nasceu em 6 de julho de 1907, na casa de seus pais, conhecida como La Casa Azul (A Casa Azul), em Coyocán, na época uma pequena cidade nos arredores do México e hoje um distrito.
Em 1913, com seis anos, Frida contrai poliomielite, a primeira de uma série de doenças, acidentes, lesões e operações que sofreu ao longo da vida. A poliomielite deixou uma lesão no seu pé direito, pelo que ganhou o apelido de Frida pata de palo (ou seja, Frida perna de pau). Passou a usar calças, depois longas e exóticas saias, que se tornaram uma de suas marcas pessoais.

 Ao contrário de muitos artistas, Kahlo não começou a pintar cedo. Embora o seu pai tivesse a pintura como um passatempo, Frida não estava particularmente interessada na arte como uma carreira.

 Em 1925, aos 18 anos, aprende a técnica da gravura com Fernando Fernandez. Então sofreu um grave acidente. Um bonde, no qual viajava, chocou-se com um trem. O pára-choque de um dos veículos perfurou-lhe as costas, atravessou sua pélvis e saiu pela vagina, causando uma grave hemorragia. Frida ficou muitos meses entre a vida e a morte no hospital, teve que operar diversas partes e reconstruir por inteiro seu corpo, que estava todo perfurado. Tal acidente obrigou-a a usar coletes ortopédicos de diversos materiais, e ela chegou a pintar alguns deles (como o colete de gesso da tela intitulada A Coluna Partida’). Durante a sua longa convalescença, começou a pintar, usando a caixa de tintas de seu pai e um cavalete adaptado à cama.

Columna Rota
Em 1928, entrou no Partido comunista mexicano e conheceu o muralista Diego Rivera, com quem se casa no ano seguinte. Sob a influência da obra do marido, adotou o emprego de zonas de cor amplas e simples, num estilo propositadamente reconhecido como ingênuo. Procurou na sua arte afirmar a identidade nacional mexicana, por isso adotava com muita frequência temas do folclore e da arte popular do México.
Em 1938 André Breton qualifica sua obra de surrealista em um ensaio que escreveu para a exposição de Kahlo na galeria Julien Levy de Nova Iorque. Não obstante, ela mesma declarou mais tarde: Pensavam que eu era uma surrealista, mas eu não era. Nunca pintei sonhos. Pintava a minha própria realidade.

Viva La Vida

Raíces

A Corsa Ferida

Auto-Retrato con Collar de Espinas



Dos Desnudos en un Bosque

 Diego Rivera e Frida Kahlo tiveram um casamento super tumultuado, visto que ambos tinham temperamentos fortes e casos extraconjugais. Kahlo, que era bissexual, teve um caso com Leon Trotski depois de separar-se de Diego. Rivera aceitava abertamente os relacionamentos de Kahlo com mulheres, mesmo eles sendo casados, mas não aceitava os casos da esposa com homens. 

Frida e Diego
 Frida descobriu que Rivera mantinha um relacionamento com sua irmã mais nova, Cristina, há muitos anos, o que a deixou revoltada. Ela os flagra na cama e num ato de fúria corta todo o seu cabelo, que era bem grande, de frente ao espelho. Ela fez isso pois seu amor por Diego era tão grande  que ela não conseguiu atacá-lo e acabou atacando a si mesma. Sua irmã teve 6 filhos com seu ex-marido e Frida nunca a perdoou. Após mais essa tragédia de sua vida, separa-se dele e vive novos amores com homens e mulheres. Mas em 1940, une-se novamente a Diego e o segundo casamento foi tão tempestuoso quanto o primeiro, marcado por brigas violentas. Uma curiosidade é que ao voltar para o marido, ela construiu uma casa igual a dele do lado da que eles tinham vivido. Essa casa era ligada por uma ponte e eles viviam como marido e mulher, mas sem morarem juntos de novo, e se encontravam ou na casa dela ou na dele nas madrugadas. Durante o casamento, embora tenha engravidado mais de uma vez, nunca teve filhos, pois o acidente que a perfurou comprometeu seu útero e deixou graves sequelas, que a impossibilitaram de levar uma gestação até o final, tendo tido diversos abortos.

Sin Esperanza
 Em 13 de julho de 1954, Frida, com 47 anos de idade, é encontrada morta. Seu atestado de óbito constatou embolia pulmonar, devido a uma forte pneumonia, mas a possibilidade de overdose de remédios também não fora descartada, sendo a mesma, acidental ou não. Existem suspeitas de suicídio, mas também, de que possa ter sido envenenada por uma das amantes do marido. Na última frase, escrita em seu diário, Frida despediu-se assim: "Espero que minha partida seja feliz, e espero nunca mais regressar". Diego Rivera descreveu em sua auto-biografia que o dia da morte de Frida foi o mais trágico de sua vida.
Um ano antes de sua morte, Frida precisou amputar uns dos pés devido à gangrena, “Pés para que os quero, se tenho asas para voar?” escreveu Kahlo em seu diário, em mais uma demonstração de como era capaz de alterar sua própria percepção do sofrimento.

Abrazo Amorozo


 Quatro anos após a sua morte, sua casa familiar conhecida como "Casa Azul" transforma-se no Museu Frida Kahlo. Frida Kahlo, reconhecida tanto por sua obra quanto por sua vida pessoal, ganha retrospectiva de suas obras, com objetos e documentos inéditos, além de fotografias, desenhos, vestidos e livros.



Sua vida foi retratada em dois filmes: em 1983, em Frida, Natureza Viva, de Paul Leduc, e em 2002, em Frida, de Julie Taymor, onde foi interpretada por Salma Hayek.
 Em 2008, a banda inglesa Coldplay lançou o álbum Viva La Vida or Death And All His Friends, cujo título é inspirado em um quadro de Frida Kahlo, também intitulado "Viva La Vida" e que intitula também a principal canção do disco. Segundo o vocalista Chris Martin, o título foi escolhido devido ao otimismo de Frida, mesmo com os percalços percorridos pela artista, ao exaltar a vida no referido quadro. 
 Em 2010 foi homenageada pelo Google com um Doodle estilizado de seu auto-retrato.




Frida Kahlo teve na dor sua matéria; sua vida foi um turbilhão de sentimentos que a artista conseguiu canalizar em paixão, força, poesia e beleza. Frida nos ainda encanta por ter conseguido transformar uma vida de dores em uma vida de cores. 






3 comentários:

  1. Linda história de vida! Bela homenagem! beijos,chica( Mas,não sei o motivo, não gosto de sua fisionomia, me apavora. É forte, austera,srsr)

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  2. Que aula!
    Já tinha lido algumas coisas sobre Frida, mas aqui soube de alguns outros por menores que ainda não sabia.
    Gosto das suas pinturas e de como usa as cores.
    Vou ter que concordar com a Chica, a fisionomia dela também me apavora. Ela tem cara de brava! rs

    um beijo

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